Almheiri foi uma das altas autoridades que participaram na abertura da Conferência de Ministros de Agricultura das Américas 2023 que continuará até quinta-feira 5 de outubro, e foi convidada devido a que a cidade de Dubai, nos Emirados, será sede da próxima Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP 28), a partir de 30 de novembro.
São José, 3 de outubro de 2023 (IICA).- A ministra de Mudança Climática e Meio-Ambiente dos Emirados Árabes Unidos, Mariam Bint Mohammed Saeed Hareb Almheiri, assegurou frente aos seus colegas de Agricultura dos países das Américas que os sistemas alimentares e a atividade agropecuária deverão ser uma prioridade máxima na luta contra a mudança climática, a favor dos milhões de agricultores do mundo todo e dos milhões de pessoas que passam fome.
A funcionária emiradense emitiu a afirmação em uma mensagem pronunciada desde seu país e transmitida na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em São José na Costa Rica.
Almheiri foi uma das altas autoridades que participaram na abertura da Conferência de Ministros de Agricultura das Américas 2023 que continuará até quinta-feira 5 de outubro, e foi convidada devido a que a cidade de Dubai, nos Emirados, será sede da próxima Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP 28), a partir de 30 de novembro.
A COP é o fórum de discussão global mais importante do mundo sobre a questão ambiental. O IICA terá lá um pavilhão, pelo segundo ano consecutivo, em que os ministros e produtores mostrarão os avanços realizados para uma maior sustentabilidade pela agricultura do hemisfério, que é um ator insubstituível nos esforços para garantir a segurança alimentar mundial. O continente também é decisivo para a conservação ambiental, pela riqueza dos seus recursos naturais e sua extraordinária biodiversidade.
A Ministra dos Emirados sinalizou que a atividade agropecuária é particularmente afetada pelos efeitos da mudança climática na América Latina e no Caribe, região que é a maior exportadora neta de alimentos do mundo. Sinalizou que na América Central, no Nordeste do Brasil e em várias zonas da Região Andina o aumento de temperatura e quedas nas precipitações poderão reduzir a produtividade a curto prazo. Adicionou que também existem impactos nos Estados Unidos e Canadá, pelo aumento de chuvas que provocam desgaste dos solos e perda de nutrientes.
“Este cenário nos lembra a necessidade urgente da transição para métodos de produção alimentar mais inclusivos, sustentáveis e resilientes.” disse Almheiri, e adicionou: “A relação entre o clima e os nossos sistemas de alimentação nunca esteve tão estreita ou tão complexa”.
Inovações para pequenos agricultores
“Paradoxalmente, enquanto a produção agrícola aumenta globalmente, mais de 700 milhões de pessoas estão indo dormir com fome todos os anos, e um terço da comida produzida no mundo se perde antes de chegar ao consumidor final, ou se desperdiça”, assegurou Almheiri, quem antes de ocupar o seu cargo atual foi Ministra de Estado para a Segurança Alimentar e Hídrica.
Almheiri, que na mensagem agradeceu ao Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, pelo convite para dirigir-se aos ministros de Agricultura das Américas, enfatizou que os sistemas alimentares e a agricultura serão uma das prioridades da agenda da COP 28. “Nosso objetivo é trabalhar com governos e atores não governamentais, identificar inovações de alto potencial e escalá-las para que possam chegar às mãos dos pequenos agricultores”, antecipou.
Também sinalizou que está tentando desenvolver ferramentas que possibilitem canalizar maiores investimentos em projetos sobre alimentação e clima em países em desenvolvimento. “Estamos comprometidos, em parcerias com vocês”, disse, “com mudar as vidas das 3 bilhões de pessoas que não são capazes de pagar as dietas saudáveis que merecem. Queremos apoiar os 153 milhões de crianças que são afetadas pela insegurança alimentar aguda.”
Na mesma linha, Almheiri avaliou que a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas no IICA ocorra sob o lema “Uma aliança continental para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável”, com a convicção de que é imprescindível que os setores público e privado trabalhem em conjunto para construir um agro mais produtivo e resiliente.
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