La Conferencia de Ministros de Agricultura de las Américas 2023 se centró en su primera jornada en un debate sobre las transformaciones que ya están en curso en la agricultura y su papel como motor de desarrollo económico e inclusión social en los países del continente.
São José, 5 de outubro de 2023 (IICA) – Ministros de Agricultura das Américas advertiram que sem o setor agropecuário não haverá segurança alimentar no mundo e elogiaram o papel que o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) vem jogando para colocar os pequenos produtores no centro do debate global, como impulsores da sustentabilidade e guardiões dos recursos naturais.
A Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2023 se centrou na sua primeira jornada em um debate sobre as transformações que já estão ocorrendo na agricultura e o seu papel como motor de desenvolvimento econômico e inclusão social nos países do continente.
O encontro, que ocorre cada dois anos, reunirá até quinta-feira 5 de outubro aos ministros e altas autoridades de Agricultura de 34 países, representantes do setor privado e agricultores de diferentes nações do continente, que se juntarão sob o lema “Uma parceria continental para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável”.
O debate sobre a ação climática na agricultura familiar também foi protagonista, com manifestações de todos os altos funcionários presentes sobre o papel do setor e o financiamento necessário para aprofundar as suas práticas sustentáveis.
Assim, o Ministro de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, considerou que os países que emitem mais dióxido de carbono devem ter mais responsabilidade e assumir um papel ativo nos esforços de mitigação da mudança climática.
Pelo seu lado, Zulfikar Mustapha, Ministro de Agricultura da Guiana, disse que os países do Caribe estão trabalhando fortemente para reduzir a sua dependência nas importações de alimentos e agradeceu o trabalho do IICA. Também sinalizou que os pequenos agricultores estão sendo afetados pela crise da mudança climática. “Acreditamos que os países com mais emissões de gases de efeito estufa devem pagar por isso”, assegurou.
“O Canadá reconhece as soluções em que o IICA trabalha para mitigar as consequências da mudança climática e valoriza o compromisso de colocar na frente os agricultores familiares cada vez que é proposta a formulação de políticas agrícolas”, disse Tom Rosser, Vice-ministro Adjunto de Agricultura e Agroalimentação do Canadá.
“Consideramos que a agricultura é um elo imprescindível frente aos desafios atuais e nos aderimos à necessidade de fortalecer uma parceria continental ao serviço dos nossos produtores, especialmente dos menores e sem deixar ninguém atrás, como disse o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero”, sinalizou María de Lourdes Cruz Trinidad, Coordenadora de Assuntos Internacionais da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México.
Augusto Valderrama, Ministro de Desenvolvimento Agropecuário do Panamá, reconheceu que “temos que enfrentar momentos difíceis; se nós como estados não atacamos o problema da fome e da miséria, se não atacamos os problemas que estão tornando os alimentos mais caros, cada vez serão mais as pessoas afetadas na nossa sociedade e terão menos acesso à alimentação”.
Valderrama elogiou Otero e toda a equipe do IICA pelo seu trabalho e revelou que o Instituto tem sido um aliado estratégico para o Panamá.
As responsabilidades pela mudança climática
O Vice-ministro de Segurança Alimentar e Nutricional da Guatemala, César Vinicio Arreaga, explicou que no seu país a agricultura familiar é uma prioridade e principalmente na situação de mulheres e jovens.
“50% da população está ocupada na agricultura familiar, sem contar o autoemprego. Devemos apoiá-la para favorecer a conservação do solo e da água”, assegurou.
Ariel Martínez, Subsecretário de Coordenação Política da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, valorizou a visão de Manuel Otero e do IICA sobre os desafios e as oportunidades da região.
“Hoje existem assimetrias entre as populações que cada vez são maiores e o multilateralismo, que tem a função de dar institucionalidade para que essas assimetrias sejam minimizadas e os países possam falar de igual a igual, neste momento está bastante longe do seu eixo em que deveria estar”, advertiu.
O Ministro de Agricultura de São Vicente e Granadinas, Saboto Caesar, sinalizou que o IICA é uma instituição que fecha brechas entre o Caribe e o resto das Américas e isso é essencial para o crescimento de toda a região. “A cooperação técnica”, adicionou, “vem para contribuir com essa tarefa e também tem ajudado a nossa nação a conectar pessoas e criar vínculos nas cadeias de suprimentos”.
No seu discurso, Manuel Otero se concentrou nos quatro princípios que sustentam a proposta do IICA de fortalecer uma parceria continental para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.
Um deles é que os sistemas agroalimentares não são sistemas fracassados e, porém devem ser fortalecidos, o seu desempenho ao longo das últimas décadas mostra a sua resiliência para enfrentar os desafios de cada época. O segundo é que a agricultura, pelo seu peso nas economias nacionais e sua capacidade endógena de mitigação da mudança climática, é necessariamente parte da solução. O terceiro sinaliza que a ciência e a tecnologia são grandes instrumentos transformadores e devem ser insumo fundamental para a nova geração de políticas públicas.
Finalmente, se mantêm a premissa de que os agricultores são atores centrais na transformação por ser implementada e ninguém pode contribuir como eles para um gerenciamento de recursos mais sustentável.
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