Eodora Méndez, trabalhadora incansável pelo bem-estar dos pequenos agricultores hondurenhos; Rosamund Benn, produtora que impulsionou dúzias de mulheres rurais na Guiana a processar e comercializar suas colheitas para melhorar a sua renda e melhorar a sua qualidade de vida; e Alfredo Carrasco, promotor de uma agricultura inclusiva e integradora no Chile, foram os três agricultores homenageados.
São José, 6 de outubro de 2023 (IICA) – Homens e mulheres que cotidianamente trabalham a terra e fazem uma contribuição decisiva à segurança alimentar e bem-estar das comunidades rurais do continente expuseram sobre os seus obstáculos e necessidades na Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2023.
Os três agricultores que estiveram presentes na reunião, que ocorreu durante três dias de trabalho em São José da Costa Rica, representaram aos 40 Líderes da Ruralidade das Américas, de 20 países, que foram distinguidos pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com o prêmio “Alma da Ruralidade”.
Esse reconhecimento é entregue desde 2021 a aquelas pessoas que deixam sua marca e fazem a diferença no campo do continente americano.
Eodora Méndez, trabalhadora incansável pelo bem-estar dos pequenos agricultores hondurenhos; Rosamund Benn, produtora que impulsionou dúzias de mulheres rurais na Guiana a processar e comercializar suas colheitas para melhorar a sua renda e melhorar a sua qualidade de vida; e Alfredo Carrasco, promotor de uma agricultura inclusiva e integradora no Chile, foram os três agricultores homenageados.
Por meio deles foram reconhecidos os milhões de agricultores familiares do continente que cada dia produzem alimentos e, ao mesmo tempo, realizam uma generosa tarefa em prol do enraizamento dos habitantes rurais.
Os Líderes da Ruralidade são fiadores de que haja alimentos para levar à mesa das nossas populações e também são guardiões da sustentabilidade ambiental e a biodiversidade do planeta. A sua vivacidade está presente nos alimentos que consumimos, em cada parcela de terra produtiva e nas comunidades que habitam. São homens e mulheres que cuidam do solo e da água e, em resumo, constroem uma agricultura mais resiliente e sustentável.
Como superar obstáculos
Os ministros e altos funcionários da área de Agricultura dos 34 Estados-Membros do IICA participantes da Conferência, na sede central do IICA, agradeceram aos agricultores pelo seu papel de liderança e encorajaram o Instituto a continuar e ampliar essa iniciativa que lhes dá visibilidade.
Rosamund Benn, Alfredo Carrasco e Eodora Méndez participaram em um conservatório realizado no contexto da Conferência, em que contaram sobre o seu trabalho cotidiano e ponderaram os obstáculos que enfrentam os pequenos produtores agropecuários das Américas. A conversa foi moderada por Pía Castro, jornalista de DW, a televisão alemã.
Produtora de óleo de coco, Benn contou que trabalha na Guiana com 12 grupos de mulheres, que permanentemente encoraja a não se render ante as adversidades.
“Às vezes a gente se cansa e vai para as cidades. Só mais adiante se arrependem, porque sentem saudades dos seus lares, onde poderiam ter praticado o que aprenderam dos seus antepassados. As mulheres com que trabalho produzem diferentes cultivos e enfrentam desafios como conseguir materiais de embalagem e levar os seus produtos aos mercados, que é difícil pelos custos de transporte”, contou.
Benn disse que os agricultores familiares precisam ser reconhecidos: “Eles protegem as suas comunidades. E a agricultura é o que permite voltar e se conectar com a terra”.
Alfredo Carrasco, inspirador e líder do projeto inclusivo FarmHability, orientado à incorporação da agricultura das pessoas que normalmente não têm oportunidades, agradeceu ao IICA por visibilizar que mesmo tendo uma incapacidade se pode ser produtivo no campo e produzir alimentos em uma escala comercial.
“O nosso trabalho”, disse, “é formar e entregar ferramentas às pessoas com incapacidades e idosos para que consigam emprego e treinar as organizações para que possam oferecer esse emprego”.
Carrasco adicionou que existem muitas problemáticas compartilhadas nos diferentes países: “Saber que existem soluções em comum é fundamental para nós como líderes rurais, que temos a responsabilidade de compartilhar o que estamos aprendendo e nos dar conta do que é possível”.
Eodora Méndez explicou que lidera uma empresa campestre e preside um consórcio agrocomercial com sócios em diferentes departamentos de Honduras. “Apoiamos aos produtores que precisam de assistência técnica para melhorar a produção. Graças ao apoio do IICA e outros organismos estamos progredindo”, disse.
Méndez mostrou a sua emoção por participar da Conferência de Ministros da Agricultura das Américas e assegurou que esteve muito atenta ao que foi discutido.
“Precisamos dar ferramentas”, expressou, “para o desenvolvimento econômico e produtivo das nossas terras. Sem produção não há alimentos e não há vida nem saúde para as pessoas. Nós que estamos no campo trabalhando cada dia sentimos um grande orgulho pela importância da agricultura. A pandemia foi muito dura para nós e ultimamente subiram os preços dos insumos que usamos. Mas sabemos que dentro de um problema sempre vêm uma solução”.
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